Texto: Tatiana Rudigher
Foto: Divulgação

Para quem teve uma infância “recheada” de Star Wars e Star Trek era impressionante ver toda aquela alta tecnologia. Se naquele tempo tornar realidade algum sistema parecia demorar mil anos, saiba: sua idade avançou e o setor automotivo está convencido de que a eletrônica chegou com tudo no mercado.

Os filmes já mostravam painéis extraordinários com comandos de apenas um toque, aparelhos que informavam a localização e o que havia ao redor. Sem falar nas videoconferências. Aquilo sim era surrealismo demais para se tornar algo atual. Mas… Espera! Isso não está soando familiar para você?

Depois desses anos, já passamos por várias fases e eras tecnológicas. Agora, é possível perceber como essa tecnologia evoluiu tão rápido a ponto de até ter ultrapassado toda modernidade que só se via na ficção. Com os automóveis não foi diferente. Seja um Ford T ou o icônico Fusca, não precisa ser um profissional do assunto para perceber as inúmeras mudanças e os aperfeiçoamentos que tiveram.

Independente da montadora e modelo de automóvel ou se você é apaixonado por modelos antigos a conclusão é a mesma: eles se desenvolveram. E muito! Mesmo que os antigos mantenham o charme intacto, não há quem negue que cada vez mais o segmento automobilístico e a tecnologia foram se envolvendo, flertando e agora estão em um relacionamento sério belíssimo.

Atualmente, os automóveis possuem tecnologia dos mais altos níveis e investimentos. Carros completamente autônomos e sistemas que proporcionam conforto. Como por exemplo, o Drive Pillot que a Mercedes-Benz apresentou no Salão de Detroit 2016. A tecnologia semiautônoma permite o carro andar sozinho a velocidades de até 209 km/h em estradas ou 130 km/h quando as marcações na pista são difíceis de identificar.

Outro indicador de avanço. Para os amantes de Cadillac, a GM criou diante do modelo CT6 um espelho retrovisor digital que funciona em conjunto com uma câmera na traseira do veículo. Dessa forma, sua visão não fica obstruída por objetos no banco de trás do carro, e você tem acesso a uma imagem mais ampla. Alguma vez já imaginou que algo assim pudesse existir?

Rodas x calçada

22696612609_dd06c63265_o (1)Imagina se existisse um sensor que te ajudasse a não ralar as rodas na calçada? Indo para longe dos grandes centros de tecnologia e dos altos investimentos, essa proposta também existe e está no Brasil.

O brasileiro Paulo Gannam de São Lourenço – MG, decidiu criar um sensor lateral de estacionamento para proteger pneus, rodas e calotas junto ao meio-fio. O invento permite o conhecimento antecipado e preciso de uma distância segura entre pneus e rodas com a calçada, proporcionando maior tranquilidade ao motorista, com uma margem de segurança ao estacionar o carro, eliminando aquele desgaste nos pneus e nas rodas por meio de arranhões, rupturas, manchas e outros inconvenientes.

Além da praticidade, facilidade e maior segurança àquelas pessoas que gostam de proteger seus carros o máximo possível, esse sistema, de acordo com o inventor, é mais acessível ao bolso. A estimativa de Gannan é que o produto pudesse custar em média mil reais se instalado nas quatro rodas do veículo. Ele gastou 50 mil reais ao longo de seis anos com a invenção. “Uma das minhas maiores dificuldades foi ter de aceitar a irredutível visão high-tech de algumas pessoas que, ao invés de enxergarem este projeto como uma ótima oportunidade de negócios para um público ou mercado específico, consideram o produto um retrocesso pelo simples fato de já existir um carro-autônomo rodando aqui e ali”, diz Gannam.

Vale ressaltar que o sensor já foi testado em automóveis em forma de “prova de conceito” instalando um sensor próximo de uma das rodas. “Este sensor poderia estar conectado a um app, cluster, painel do veículo com display, central multimídia, a depender do gosto do cliente e da empresa que lançar o produto no mercado”, completa o inventor.

Mesmo com essa modernidade, clássicos são clássicos. Se existiu e ainda existe entusiasta ralando roda de VW Fusca, sempre terá algum condutor distraído em qualquer carro. Agora só faltam carros voadores. Mas quem sabe você ainda veja um?

Serviço

Gostou da ideia do inventor Paulo Gannam e quer ajudá-lo a dar continuidade no projeto ou conhece algum empresário que tenha “energia” para a ação? Entre em contato pelo e-mail pgannam@yahoo.com.br