Tatuador paulista transforma sua paixão pelo Gol quadrado em arte sobre rodas
Texto: Fernando Naccari
Fotos: Edgar Klein
O Gol representa um grande marco na história automobilística nacional. Concebido para ser o herdeiro do Fusca, o projeto chegou em 1980 trazendo também a motorização a ar imortalizada pelo velho besouro.
Em 1985 a mecânica refrigerada a líquido (motor MD 270 1.6L) chegou e o Gol mudou de patamar. O Fusca não morreu e o hatch da Volkswagen ganhou terreno à passada larga. Foi líder isolado do mercado por 27 anos consecutivos a partir de 1987 e foi justamente neste ano que nasceu uma das versões mais cultuadas pelos apaixonados pelos quadrados: a GTS. Junto a ela a nova reestilização da linha trazia novidades, com frente 5 cm mais baixa, para-choques envolventes em plástico e lanternas traseiras maiores.
A versão GTS acompanhava as modificações com os faróis mais largos e acrescentava lanternas dianteiras com lente branca, faróis de neblina e de milha, molduras laterais, rodas exclusivas (apelidadas de pingo d’água) e aerofólio traseiro.
O desempenho também condizia com a esportividade do visual, cumprindo os 0-100 km/h em 10s8 e, para tal, tinha acertos diferenciados na mecânica. O consagrado motor 1.8 AP vinha comando de válvulas nervoso (o mesmo do Golf GTI) e, segundo ficha técnica, rendia 99 cv. Somente fachada para pagar menos tributos pois, o rendimento era bem mais inspirador que a cavalaria de apenas dois dígitos.
A versão trazia ainda o painel de instrumentos herdado do GT, retrovisores com comandos internos, volante “quatro bolas” e os famosos bancos Recaro. Só havia dois opcionais: rádio com toca-fitas e ar-condicionado, mas este era pouquíssimo solicitado pelos compradores sob a alegação de o equipamento roubar potência do motor. Claro, eles tinham razão.
O modelo que ilustra estas páginas é um dos últimos GTS fabricados, de ano 1991 e com a terceira reestilização que trazia nova dianteira de faróis afilados, painel de instrumentos herdados do Fox (Voyage de exportação), vidros elétricos, manopla de câmbio com formato de bola de golfe e retrovisores idênticos aos do Santana.
O projeto
Mas o apaixonado por carros e, acima de tudo por Gol Quadrado, Vinicius Tadeu Rossi, de 36 anos, elevou essa paixão a outro nível e conseguiu deixar seu GTS 1991 ainda mais incrível do que na versão original.
“Já tive dois Voyage customizados e, atualmente, tenho um Gol GTI e dois GTS, incluindo este prata”, completa o tatuador paulista.
Vinicius comentou que a paixão surgiu cedo, quando tinha por volta de oito anos, mas foi somente na adolescência que ela foi alimentada. “A ideia de ter meus carros customizados surgiu após algumas idas em eventos de carros modificados. Gostei muito dos projetos e comecei a me inspirar”, completa Vinicius.
Assim, o GTS 1991 ganhou um objetivo único: andar bem baixo. Assim, Vinicius alterou a suspensão do hatch e saiu o conjunto de amortecimento original em troca pelo kit SLIM à rosca.
As rodas de 14” foram trocadas pelas Bentley 17 polegadas chapeadas calçadas por pneus 165/35. A pintura permanece a original de fábrica e, debaixo do capô foram instalados filtro esportivo, mangueiras de silicone e as demais peças do bloco foram cromadas.
Por dentro, o som instalado é um Pioneer, assim como os novos alto-falantes de porta 6/9”. O som conta ainda com um Mega-Capacitor B52 DPF – 3, um subwoofer de 18 polegadas de 3.000 RMS da marca Target Bass, duas cornetas Selenium e um tweeter.
Ao fim deste projeto dá para afirmar que este Gol é o mais bonito e chamativo de Vinicius, afinal, é o de visual mais matador entre os três.
Ficha Tecnica VW Gol GTS 1991
Quem Fez?
- O proprietário
Visual
- Suspensão kit SLIM à rosca
- Rodas Bentley 17 polegadas chapeadas
- Pneus 165/35 Pirelli
Mecânica
- Cromagem de peças
- Mangueiras de silicone
- Filtro esportivo
Som
- Som Pioneer
- Alto-falantes de porta 6/9” Pioneer
- Mega-Capacitor B52 DPF – 3
- Um subwoofer de 18 polegadas de 3.000 RMS Target Bass
- Duas cornetas Selenium
- Um tweeter